segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Ceia do réveillon

A ceia de réveillon não precisa ser calórica e gordurosa para ser deliciosa. No Ano Novo você pode optar por uma ceia gostosa e saudável. 


Uma sugestão para um cardápio mais saudável é: 

Salada: salada de abacate com romã e salada de frutas frescas e secas ao molho de iogurte.
Prato proteico: bacalhau ao forno ou salmão com legumes,
Guarnição: Farofa de aveia
Acompanhamentos: Arroz integral com lentilhas.
Sobremesa: creme de avelãs, cacau e uvas
Suco: detox de abacaxi com água de coco e gengibre.




Algumas receitas:


Bacalhau ao Forno

Ingredientes:
500 g de bacalhau em lascas dessalgado
Leite desnatado suficiente para aferventar
500 g de batatas cortadas em rodelas e pré-cozidas
3 tomates maduros cortados em rodelas
1 pimentão verde cortado em rodelas
2 cebolas em rodelas finas
3 ovos cozidos cortados em rodelas
150 g de azeitonas pretas picada
1 1/2 xícara (chá) de azeite de oliva extra virgem
1/2 xícara (chá) de salsa picada
Sal marinho (se necessário)

Modo de Preparo:
No dia anterior: dessalgue o bacalhau deixando-o de molho em água, de um dia para o outro, trocando quatro vezes.
Afervente o bacalhau no leite e escorra. Em um refratário, alterne camadas de bacalhau com camadas de batata, tomate, pimentão, cebola, ovo e azeitona. Regue as camadas com o azeite e polvilhe a salsa. Cubra com papel-alumínio e leve ao forno pré-aquecido a 200ºC durante 35 minutos. Se precisar, adicione sal.

Salada de Frutas Frescas e Secas ao Molho de Iogurte

Ingredientes:
1/2 abacaxi
2 goiabas vermelhas
4 kiwis
1/2 melão
30 morangos
2 papaias
1 xícara (chá) de damasco seco
1 xícara (chá) de nozes
2/3 de xícara (chá) de castanha do Brasil picada
1 ¼ de xícara (chá) de uva-passa preta
1 1/2 xícara (chá) de iogurte natural
1/3 de xícara (chá) de açúcar mascavo
Amêndoas em lascas a gosto (para decorar)

Modo de Preparo:
Corte as frutas frescas em cubos, coloque em uma travessa grande ou em taças individuais. Cubra com filme plástico e leve para gelar. Numa tigela, bata o iogurte com o açúcar e reserve. Corte o damasco em lascas. Adicione as nozes e a castanha. Na hora de servir, salpique as frutas secas por cima das frutas frescas e acrescente o creme de iogurte. Finalize salpicando um punhado de amêndoas em lascas.

Salada de Abacate com Romã

Ingredientes:
2 talos de salsão 
1 romã
1 abacate 
½ limão 
Alface Crespa
Alface Roxa
200g de cenouras, cortadas em rodelas
50g de brotos de feijão
1 maço pequeno de cebolinha 
Molho:
1 colher (sopa) de vinagre de maçã
Sal marinho a gosto
Pimenta-do-reino a gosto
4 colheres (sopa) de azeite de oliva extravirgem

Modo de Preparo:
Salada:
Corte o salsão em pedaços de 2 cm. Abra a romã e retire as sementes. Reserve. Processe o abacate e junte o suco de limão. Reserve. Arrume as folhas de alface crespa e roxa em uma saladeira, acrescente os talos de salsão, as sementes da romã, o abacate, as cenouras e o broto de feijão.

Molho:
Em um recipiente, misture o vinagre de maçã, o sal marinho e a pimenta-do-reino e vá acrescentando o azeite de oliva extravirgem aos poucos, misturando até ficar com uma consistência homogênea.

Montagem:
Regue a salada e salpique a cebolinha. Decore com sementes de romã e um galho de cebolinha verde. Sirva em seguida.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Arroz com Lentilhas


Ingredientes 

  • 1 xícara de chá de lentilhas
  • 2 xícaras de chá de arroz cru
  • 1 cebola cortada em fatias no sentido do comprimento
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • Sal a gosto

Cebola frita

  • 3 cebolas grandes em fatias no sentido do comprimento
  • 4 colheres de sopa de azeite
  • Sal a gosto
Modo de preparo
Em uma panela, coloque a lentilha com água suficiente para cobrir. Deixe cozinhar um pouco apenas para ficar aldente. Reserve.
Em uma panela grande, coloque as 2 colheres de azeite e frite a cebola até ficar escura e crocante. Junte o arroz lavado e escorrido, frite bem, junte a lentilha, acrescente água fervente até 3 dedos acima do arroz e junte o sal.
Enquanto o arroz cozinha, em uma frigideira grande coloque as 4 colheres de azeite e frite as cebolas da cobertura até ficarem escuras e bem crocante, mexendo sempre. Quando o arroz estiver pronto, coloque-o em uma travessa, cubra com a cebola torrada e regue com azeite.

Dica

Perfeito para as festas de fim de ano. Dizem que dá muita sorte! :)

Os beneficios da lentilha

lentilha1 Benefícios da lentilha


A Lentilha é um alimento pequeno mas com grande densidade nutricional. Fornece quantidades consideráveis de fibra solúvel e insolúvel, a primeira em especial, apresenta uma acção benéfica na redução do colesterol plasmático e na regulação dos níveis de açúcar no sangue, pois forma um gel com a bile, rica em colesterol, excretando-o e, juntamente com a acção dos hidratos de carbono complexos, promovem uma absorção mais lenta da glicose, evitando a hiperglicemia (açúcar elevado no sangue).

A fibra insolúvel contribui para aumentar o bolo fecal, prevenindo a obstipação e patologias digestivas como síndrome do cólon irritável e diverticulose.
Desta forma, a ingestão regular de alimentos ricos em fibra, como as Lentilhas, melhora consideravelmente função digestiva e cardiovascular.
A saúde cardiovascular é promovida, não só devido ao teor em fibra, pelo já descrito, como também ao teor em folatos e magnésio. O folato ajuda a diminuir os níveis de homocisteína, um factor de risco para a doença cardiovascular e o magnésio melhora a circulação sanguínea e a oxigenação dos tecidos.
Corresponde, também, a uma fonte considerável de ferro, cujas necessidades estão particularmente aumentadas em grupos de risco da sua deficiência, como as grávidas, lactentes, crianças e adolescentes e, também, mulheres menstruadas, devido às perdas sanguíneas. O ferro é um componente da hemoglobina, molécula responsável pelo transporte de oxigénio dos pulmões para os tecidos e também integra os principais complexos enzimáticos para a produção de energia.
Contudo, a biodisponibilidade do ferro é optimizada aquando da ingestão desta leguminosa juntamente com um alimento rico em vitamina C, como limão, laranja ou salsa.
A Lentilha é, ainda, rica em purinas. Um composto cuja ingestão excessiva pode aumentar os níveis séricos de ácido úrico. A ingestão de alimentos ricos em purinas deve ser moderada em indivíduos com hiperuricemia.

Benefícios para a Saúde

  • Anemia
  • Prisão de Ventre
  • Diabetes
  • Colesterol
  • Gravidez

Ferro para a Energia

Além de fornecer lenta queima de carboidratos complexos, a lentilha pode aumentar a sua energia, fornecendo ferro. Especialmente para as mulheres menstruadas, que estão mais em risco para deficiência de ferro, aumentar a quantidade de ferro com lentilha é uma boa ideia – especialmente porque, ao contrário da carne vermelha, outra fonte de ferro, as lentilhas não são ricas em gordura e calorias.
O ferro é um componente integrante da hemoglobina, que transporta o oxigênio dos pulmões para todas as células do corpo, e também faz parte dos principais sistemas enzimáticos para a produção de energia e do metabolismo. E lembre-se: Se estiver grávida ou a amamentar, a necessidade de ingerir ferro aumenta.
No crescimento das crianças e adolescentes, a necessidade de uma alimentação rica em ferro também é maior, sendo a lentilha um aliado perfeito.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Frango com maçãs (frango light)

Substitua carnes gordurosas por frango ou peixes.
As carnes brancas são mais saudáveis e contêm menos gordura.


ceia2


Ingredientes
5 filés de frango
Suco de 4 limões
½ xícara de chá de salsa picada
1 colher de sopa de azeite de oliva
3 maçãs
½ xícara de uvas passas
½ xícara de nozes picadas

Modo de preparo
Tempere o frango com limão. Misture o azeite de oliva à salsa picada e besunte a ave. Cubra com papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido a 200ºC, por aproximadamente 40 minutos, regando-a sempre com o suco de limão.
Retire o papel alumínio, coloque por cima dos filés as maçãs em lascas, as nozes trituradas e uvas passas e deixe dourar por mais 20 minutos. Usamos passas de cranberry.

Arroz natalino (arroz light)





Substitua o arroz à grega tradicional por preparações mais nutritivas. 
Optando por preparações mais saudáveis, agregará ao prato um valor nutritivo maior e fará com que a ceia se torne mais funcional.

Ingredientes
6 xícaras de água filtrada
1 dente de alho
3 xícaras de arroz vermelho
½ cebola
1 tomate picado
½ pimentão verde
½ pimentão vermelho
1 xícara de couve picada
4 colheres de sopa de iogurte desnatado
4 colheres de sopa de queijo tipo quark
2 colheres de café de sal
2 colheres de sopa de salsa picada

Modo de preparo
Refogue a cebola em uma xícara de água, acrescente o arroz e refogue. Adicione a água, o sal e misture. Tampe a panela deixe cozinhar por aproximadamente 20 minutos. Ao final do cozimento do arroz, acrescente os outros ingredientes.

Panetone sem glúten (panetone light)






Ingredientes

300 ml de água filtrada
2 colheres de sopa de mel
1 colher de chá de essência de panetone
4 xícaras de farinha preparada (receita abaixo)
1 colher de sobremesa de fermento biológico instantâneo
4 colheres de chá de leite em pó desnatado
2 colheres sopa de óleo de coco
2 ovos inteiros
1 colher de chá de sal
Raspas de casca de laranja (1/2 unidade)
½ xícara de uva passa
½ xícara de goji berry desidratado

Farinha especial
1 kg farinha de arroz integral
2 xícaras de quinua
2 xícaras de amaranto



Modo de preparo

Misture a farinha preparada, fermento, mel, sal e leite em pó. Adicione a essa mistura a água, os ovos, o óleo de coco e a essência de panetone. Com as mãos higienizadas adequadamente, amasse bem a mistura formada até formar uma massa homogênea. Acrescente nessa massa a uva passa e o goji berry desidratado. Deixe descansar por aproximadamente 30 minutos ou até dobrar de tamanho. Asse em forno pré aquecido por aproximadamente 25 minutos.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Vitamina K

A vitamina K é usada pelo organismo para a síntese dos fatores responsáveis pela coagulação sanguínea.
A vitamina K é absorvida pelo intestino e armazenada no fígado. Seus estoques, porém, são rapidamente utilizados, assim a necessidade diária de uma alimentação equilibrada, com boas fontes de vitamina K.
A vitamina K encontra-se disponível em inúmeros alimentos de origem animal e vegetal. Entre suas principais fontes estão: leite, repolho, espinafre, nabo, brócolis, couve, ovo, alface, fígado e óleos de canola e de soja.
Alimentos como frutas (polpa e suco), raízes e tubérculos são pobres em vitamina K.

Fontes de vitamina K:

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Pesquisas detectam novas propriedades em suplemento

As proteínas do soro do leite encontradas nos produtos conhecidos como whey proteins, bastante consumidos por esportistas, não contribuem apenas, como muitos acreditam, no ganho de massa muscular. Pelo menos duas novas propriedades foram comprovadas pelo grupo de pesquisadores do Laboratório de Fontes Proteicas (Lafop) da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp: a proteção celular, quando o organismo é submetido ao estresse, e a melhora do estado hiperglicêmico em animais cujo nível de açúcar no sangue está acima do recomendado. Os estudos são coordenados pelo docente Jaime Amaya Farfan e, segundo ele, apontam para a importância dos peptídeos ou compostos resultantes da ligação dos aminoácidos presentes nas proteínas. “A ênfase que se dava antigamente ao valor ‘biológico’ das proteínas pelos aminoácidos que elas contêm já é ultrapassada”, afirma. 
Nas duas últimas décadas, acrescenta Farfan, as proteínas em processo inicial de digestão, ou quebra, ganharam destaque nas pesquisas. “Quando a proteína é digerida, os peptídeos formados terão efeito nutricional, metabólico e fisiológico. Estamos tentando é focar agora no valor dos produtos da hidrólise para a saúde, ou seja, no impacto do seu consumo no longo prazo”. 
A proteína utilizada no laboratório é hidrolisada por um sistema enzimático e já é ingerida “quebrada”. “Nosso interesse está no hidrolisado total e em alguns pequenos peptídeos” ressalta a pesquisadora Priscila Neder Morato, atualmente desenvolvendo pós-doutorado no Laboratório.
Priscila foi responsável pelo estudo relacionado à glicemia. Para que ocorra a entrada de glicose do sangue para dentro da célula é necessária a ação da insulina. Em indivíduos diabéticos isso é prejudicado, uma vez que eles não produzem quantidade suficiente de insulina, ou ela não age como deveria, resultando no aumento do açúcar no sangue. Os testes mostraram que o consumo do whey hidrolisado promoveu a maior entrada de glicose na célula, independentemente da insulina, o que seria muito interessante para o diabético. O efeito produzido pela proteína da dieta somou-se a resultados já conhecidos, obtidos com a atividade física. 
O principal transportador da glicose é o GLUT-4 que, em situações basais, é encontrado no interior da unidade celular. “Quando aumenta a glicemia, o transportador é promovido para a membrana da célula, e a glicose se liga a ele para ser transportada para o citoplasma. Os indivíduos que consumiam a proteína hidrolisada tinham mais GLUT-4 na membrana, ou seja, apresentaram maior capacidade para levar a glicose do sangue pra dentro da célula”, detalha Priscila.
A pesquisa quantificou o aumento no teor de glicogênio, que é a forma química em que se armazena a glicose no músculo, inclusive no miocárdio, músculo que reveste o coração. “No caso do miocárdio, este foi um achado bastante interessante porque esse estoque reforçado de energia pode ser útil no caso de uma grande e súbita demanda de energia”, diz Farfan. O professor destaca que o efeito foi marcante no indivíduo sedentário.
A forma hidrolisada das fontes proteicas também incrementou o sistema de proteção celular endógeno na forma heat shock proteins, ou HSPs. São proteínas que protegem as células contra vários tipos de estresse, como aumento de temperatura, estresse oxidativo e a lesão muscular. A doutoranda Carolina Soares de Moura, autora da dissertação de mestrado sobre o assunto, explica que o consumo da proteína hidrolisada aumenta a expressão das HSPs. “Elas são divididas em várias famílias, de acordo com seu peso molecular: HSP 70, 90, 60 e 25 e podem trabalhar em conjunto ou separadamente. Mostramos nesse trabalho que o hidrolisado aumenta a HSP 70 em diversos tecidos, entre eles o do pulmão, gastrocnêmio e sóleo, na região da panturrilha, entretanto não vimos efeito em baço ou em coração”. 
O aumento nos níveis de HSP melhora a resistência e tolerância celular, deixando o corpo mais protegido e resistente a diversos agentes danosos que estamos expostos diariamente.
Os mesmos indivíduos que tiveram as HSPs aumentadas reduziram os danos oxidativos dos radicais livres. Carolina salienta que foi feito um marcador que foram as proteínas carboniladas. “O aumento dessas proteínas endógenas significa que o dano causado pelos radicais livres foi menor”.
Outro estudo desenvolvido no Laboratório diz respeito ao aminoácido leucina, popularmente conhecido por aumentar a massa muscular. O uso do whey, rico em leucina, estimulou a síntese proteica do diafragma. “Num indivíduo saudável, houve aumento dos biomarcadores envolvidos na sinalização para aumento na síntese muscular, mas o aumento na quantidade proteica ou em massa muscular foi pequeno. É possível que, nesse caso, o consumo da proteína do soro do leite tenha utilidade em pessoas que, por exemplo, necessitem de um respirador artificial quando sejam submetidas a uma cirurgia torácica”, ressalta Farfan, que também foi orientador deste trabalho conduzido por Pablo Christiano Barboza Lollo.

Whey
Acredita-se que o consumo da proteína do soro do leite, por seu alto teor de aminoácidos indispensáveis, e especialmente os de cadeia ramificada BCAAs (branched-chain amino acids), promova o crescimento de massa muscular. Os aminoácidos indispensáveis são aqueles que os seres humanos não conseguem sintetizar, e que somente podem ser obtidos por meio da dieta. Daí a utilização sistemática do whey como complemento nutricional ou suplemento alimentar. Esses produtos são encontrados no mercado em três formas: a proteína isolada, concentrada ou hidrolisada. “O que varia entre um produto e outro, além do preço, é a concentração proteica e o fato de que o hidrolisado provém de um concentrado que foi tratado com enzimas. O que tem maior valor agregado é o hidrolisado”, afirma Carolina.
De acordo com o professor Jaime Amaya-Farfan, as várias alegações quanto ao whey geralmente se referem à proteína que não foi previamente hidrolisada. “Essas alegações incluem o aumento da massa muscular associado à prática de atividade física, mas isto ainda é passível de debate porque, embora se estimulem todas as reações bioquímicas do organismo para produzir mais massa muscular e proteína, nem sempre vemos resultado na pessoa que ingere grandes quantidades desses produtos”. 
Outra questão, segundo o professor, é a qualidade e grau de confiabilidade dos produtos. “Tem no mercado muito whey adulterado que não alcança o teor de proteína que alega. A confiabilidade dos produtos para o consumidor dependerá muito da marca, não sendo raro encontrar produto em que houve a substituição dowhey por proteínas mais baratas”.

Alimentos funcionais
Os estudos desenvolvidos no Lafop seguem a premissa de que os alimentos não servem apenas para nutrir o corpo, ou seja: produzir energia e promover o crescimento, mas ser funcionais. “No conceito clássico da nutrição, as proteínas servem para construir tecidos e, em casos excepcionais, como reserva energética. Elas são conhecidas como os ‘nutrientes plásticos’. Além disso, as proteínas de origem animal e vegetal são igualmente importantes porque, na natureza, nenhum evento tem apenas uma consequência, senão um conjunto orquestrado de consequências”. 
Voltando à importância dos peptídeos gerados durante a digestão, o professor Farfan diz: “É uma visão que a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) demoraram a reconhecer, pois até dez anos atrás, se falava apenas do ‘valor nutritivo’ das proteínas e dos aminoácidos”. 
Farfan considera importante frisar que as propriedades reveladas pelos estudos atuais podem também ser obtidas mediante o exercício físico. “Nós estamos acrescentando o conceito de que algumas proteínas, entre elas estas específicas do soro do leite, têm uma função aparentemente equivalente ao exercício físico. Portanto, não é só o exercício que pode levar a esse tipo de proteção celular ou diminuição da glicose sanguínea, senão também alguns nutrientes, como essas proteínas do soro do leite”. É mais uma constatação de que a nutrição moderna está sendo complementada com os novos conceitos dos alimentos funcionais.


Publicações
Whey protein hydrolysate enhances the exercise-induced heat shock protein (HSP70) responselink

A dipeptide and an amino acid present in whey protein hydrolysate increase translocation of GLUT-4 to the plasma membranelink

Morato PN, Lollo PCB, Moura CS, Batista TM, Carneiro EM, Amaya-Farfan J. PLoS ONE 8(8): e71134. doi:10.1371/journal.pone.0071134, 2013.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Adaptações Cardiovasculares Induzidas pelos Exercícios Aeróbios


Por: Hugo R. Garcia Quinteiro 

                                        O SISTEMA DE TRANSPORTE DE OXIGÊNIO                                     

A resistência cardiorrespiratória está intimamente relacionada à capacidade do organismo de liberar oxigênio suficiente para suprir as demandas dos tecidos ativos. O transporte e a liberação de oxigênio são funções importantes compartilhadas pelos sistemas cardiovascular e respiratório. Todos os componentes desses dois sistemas que estão relacionados com o transporte de oxigênio são denominados coletivamente como sistema de transporte de oxigênio.
O funcionamento do sistema de transporte de oxigênio é definido pela interação do débito cardíaco e a diferença arteriovenosa de oxigênio. O débito cardíaco nos informa quanto de sangue transportando oxigênio deixa o coração durante um minuto. A diferença arteriovenosa de oxigênio, que é a diferença entre o conteúdo de oxigênio do sangue arterial e o conteúdo de oxigênio do sangue venoso, nos informa quanto de oxigênio é extraído pelos tecidos. O produto desses valores, a equação de fick, nos informa a velocidade com que o oxigênio está sendo consumido pelos tecidos corporais.
Naturalmente, a demanda de oxigênio dos tecidos ativos aumenta durante o exercício. A endurance depende da capacidade do sistema de transporte de oxigênio de liberar oxigênio suficiente a esses tecidos ativos para suprir suas demandas aumentadas. O treinamento de endurance desencadeia numerosas alterações nos componentes do sistema de transporte de oxigênio que permitem que ele funcione de forma mais eficiente. 


ADAPTAÇÕES CARDIOVASCULARES AO TREINAMENTO
Em resposta ao treinamento, ocorrem várias adaptações cardiovasculares. Examinaremos as alterações dos seguintes parâmetros cardiovasculares:
Tamanho do coração: Em resposta ao aumento da demanda do trabalho, o peso e o volume do coração e, conseqüentemente, a espessura da parede e o tamanho da câmara do ventrículo esquerdo aumentam em decorrência do treinamento de endurance.
Hipertrofia Excêntrica 
O músculo cardíaco, como o músculo esquelético, sofre hipertrofia como resultado do treinamento de endurance crônico. Durante algum tempo, a hipertrofia cardíaca induzida pelo exercício – denominada “coração de atleta” – causou grande preocupação, pois os especialistas acreditavam que o aumento do coração sempre refletia uma condição patológica. Felizmente, a hipertrófica cardíaca atualmente é reconhecida como uma adaptação normal ao treinamento de endurance crônico.
O ventrículo esquerdo, a câmara cardíaca que trabalha mais intensamente, sofre a maior alteração. Os ajustes estruturais são marcantes, podendo levar a aumentos de até 85% na massa do ventrículo esquerdo. Inicialmente, acreditou-se que a extensão e a localização das alterações do tamanho do coração dependessem do tipo de exercício realizado. Aqueles que defendiam esse ponto de vista justificavam que, durante o treinamento de força, o coração devia contrair contra uma pressão sangüínea elevada da circulação sistêmica, situação referida como pós-carga elevada. Para superar essa pós-carga elevada, foi postulado que o músculo cardíaco compensava aumentando de tamanho (espessura da parede) e, conseqüentemente, aumentando sua contratibilidade.
Essa argumentação continuava, sugerindo que no treinamento de endurance o enchimento ventricular esquerdo aumentava. Isso se daria em grande parte em decorrência do aumento do volume plasmático induzido pelo treinamento, o que aumentaria o volume diastólico final do ventrículo esquerdo (uma pré-carga aumentada). Foi postulado que o coração se adaptaria a isso mediante o aumento das dimensões internas do ventrículo esquerdo e, portanto, o aumento do tamanho da câmara.
Durante algum tempo, a maioria acreditou que um aumento do tamanho da câmara era a única alteração do ventrículo esquerdo causada pelo treinamento de endurance. Estudos verificaram que esse aumento realmente ocorre. No entanto, pesquisas mais recentes relevaram que a espessura da parede miocárdica também aumenta com o treinamento de endurance e não apenas com o treinamento de força. Utilizando ressonância magnética, Milliken, et al observaram que esquiadores de cross-coutry, ciclistas de endurance e corredores de longa distância altamente treinados e competitivos apresentavam massas ventriculares esquerdas maiores do que os indivíduos controles não-atléticos. Eles também observaram que a massa ventricular estava altamente correlacionada com o VO2máx ou potência aeróbia.
Volume de ejeção: Como resultado do treinamento de endurance, volume de ejeção apresenta um aumento global. O volume de ejeção de repouso é substancialmente maior após um programa de treinamento de endurance do que antes dele. O aumento induzido pelo treinamento também é observado durante o exercício submáximo e máximo padronizados.
O que produz o aumento do volume de ejeção com o treinamento?
Após o treinamento, o enchimento do ventrículo esquerdo durante a diástole é mais complexo do que num coração não-treinado. Como o volume plasmático aumenta com o treinamento, o que significa que há mais sangue disponível para entrar no ventrículo, produzindo um maior volume diastólico final.
A freqüência cardíaca de um coração treinado também é bem menor no repouso (cerca de 65% dos atletas de resistência aeróbia apresentam freqüência cardíaca menor que 50 bpm) e na mesma taxa absoluta de trabalho do que a de um coração não-treinado, permitindo um aumento no tempo de enchimento diastólico. A maior quantidade de sangue que entra no ventrículo aumenta a distensão das paredes ventriculares. Pelo mecanismo de Frank-Starling, isso resulta numa retração elástica mais forte.
O mecanismo de Frank-Starling afirma que o principal fator no controle do volume de ejeção é a magnitude da distensão ventricular. Quando o ventrículo se distende mais, ele se contrai com mais força. Por exemplo, se um volume maior de sangue entrar na câmara quando o ventrículo enche durante a diástole, as paredes ventriculares serão mais distendidas do que quando há uma entrada de um menor volume. Para ejetar maior quantidade de sangue, o ventrículo deve reagir a essa maior distensão contraindo mais fortemente.
A espessura das paredes posterior e septal do ventrículo esquerdo parece aumentar discretamente com o treinamento de endurance. A massa muscular ventricular aumentada pode produzir uma contração mais forte. Esse aumento da contratibilidade acarreta uma redução do volume sistólico final porque uma maior quantidade de sangue é forçada pra fora do coração como resultado de uma contração mais forte, deixando menos sangue no ventrículo esquerdo após a sístole.
A maior contratibilidade, juntamente com a maior retração elástica resultante do maior enchimento diastólico, aumenta a fração de ejeção do coração treinado. Uma maior quantidade de sangue entra no ventrículo esquerdo e uma maior porcentagem do sangue que entra é expulsa em cada contração; conseqüentemente, o volume de ejeção aumenta.
O volume de ejeção de repouso e durante o exercício não é meramente uma função do estado de treinamento do indivíduo. Ele também reflete o tamanho corporal. Pessoas maiores tipicamente apresentam volumes de ejeção maiores. É importante que isso seja lembrado ao se comparar os volumes de ejeção de pessoas diferentes.
Freqüência Cardíaca: Estudos que monitoram diretamente o consumo de oxigênio revelaram que a freqüência cardíaca, tanto no repouso quanto durante o exercício, é um bom indicador de quão intensamente o coração está trabalhando. Como o músculo ativo exige mais oxigênio do que o músculo em repouso, na é surpreendente que o consumo de oxigênio do coração e, portanto, a quantidade de trabalho que ele realiza estejam diretamente relacionados à freqüência cardíaca.
Freqüência Cardíaca de Repouso: Pode diminuir acentuadamente como resultado do treinamento de endurance. Se você for um indivíduo sedentário com uma freqüência cardíaca de repouso de 80 bpm, a sua freqüência cardíaca de repouso pode diminuir aproximadamente 1 bpm por semana, durante as primeiras semanas de treinamento. Portanto, após dez semanas de treinamento de endurance moderado, a sua freqüência cardíaca de repouso pode cair de 80 para 70 bpm. Os mecanismos reais responsáveis por essa diminuição não são totalmente conhecidos, mas parece que o treinamento aumenta a atividade parassimpática no coração e, ao mesmo tempo, diminui a atividade simpática.
O termo braquicardia é um termo clínico que indica uma freqüência cardíaca inferior a 60 bpm. Nos indivíduos não-treinados, a braquicardia geralmente é resultado da função cardíaca anormal ou de um coração doente. Por essa razão, é necessário que seja diferenciada a braquicardia induzida pelo exercício, a qual é uma resposta natural ao treinamento de endurance, da braquicardia patológica, a qual pode ser uma causa de séria preocupação.
Freqüência Cardíaca Submáxima: Durante o exercício submáximo, o maior condicionamento aeróbio resulta numa freqüência cardíaca proporcionalmente menor numa determinada taxa de trabalho. Após um programa de treinamento de endurance de intensidade moderada de seis meses, são comuns diminuições da freqüência cardíaca de 20 a 40 bpm na mesma taxa de trabalho submáximo padronizado.
Essas diminuições indicam que o coração se torna mais eficiente com o treinamento. Ao realizar suas funções necessárias, um coração condicionado realiza um trabalho menor do que um coração não-condicionado.
Freqüência Cardíaca Máxima: Tende a ser estável e em geral permanece relativamente inalterada após o treinamento de endurance. No entanto, vários estudos sugeriram que para indivíduos com freqüência cardíaca máxima superiores a 180 bpm, a freqüência cardíaca máxima poderia reduzir discretamente após treinamento. Além disso, atletas de endurance altamente condicionados tendem a apresentar valores menores da FCmáx do que indivíduos não-treinados da mesma idade, embora isso nem sempre seja o caso. Atletas com mais de sessenta anos de idade algumas vezes apresentam valores da FCmáx maiores do que pessoas não treinadas da mesma idade.
Interações Entre a Freqüência Cardíaca e o Volume de Ejeção: Durante o exercício, a freqüência cardíaca combina com o volume de ejeção para fornecer um débito cardíaco adequado para a taxa de trabalho que estiver sendo realizada. Nas taxas de trabalho máxima e submáxima, o corpo pode ajustar a freqüência cardíaca para prover a combinação ideal da freqüência cardíaca e do volume de ejeção para maximizar o débito cardíaco. Se a freqüência cardíaca for muito elevada, a diástole é reduzida e o volume de ejeção pode ser comprometido.
Entretanto, se a freqüência cardíaca diminuir, os ventrículos terão mais tempo pra encher. Talvez seja essa a razão pela qual os atletas de endurance altamente treinados tendem a apresentar valores da FCmáx mais baixos: o coração adaptou-se ao treinamento aumentando drasticamente o volume de ejeção e, portanto, valores mais baixos da FCmáx podem produzir um débito cardíaco ideal.
Todas as disciplinas possuem seus dilemas e este é um da fisiologia do exercício: o que ocorre primeiro – o volume de ejeção aumentado permite uma freqüência cardíaca menos ou uma freqüência cardíaca menor permite um maior volume de ejeção? Esta questão permanece sem resposta. Em qualquer evento, a combinação do volume de ejeção aumentado e da freqüência cardíaca diminuída é uma forma muito eficaz para que o coração satisfaça as demandas do corpo. O coração despende menos energia contraindo mais forte e menos freqüentemente em resposta ao treinamento do que se a freqüência de contração aumentasse. Alterações da freqüência cardíaca e do volume de ejeção em resposta ao treinamento ocorrem concomitantemente e compartilham um objetivo comum: permitir que o coração expulse a maior quantidade de sangue oxigenado com o menor gasto energético.
Recuperação da Freqüência Cardíaca: Quando o período de exercício termina, a freqüência cardíaca não retorna instantaneamente ao seu nível de repouso. Em vez disso, ela permanece elevada durante algum tempo, retornando lentamente à freqüência de repouso. O tempo necessário para que a freqüência cardíaca retorne a freqüência de repouso é denominado período de recuperação da freqüência cardíaca.
Após um período de treinamento, a freqüência cardíaca retorna ao seu nível de repouso muito mais rapidamente após o exercício do que antes do treinamento. Isso é verdadeiro após exercício submáximo padronizado assim como após o exercício máximo.
Como o período de recuperação da freqüência cardíaca é reduzido pelo treinamento de endurance, essa mensuração tem sido utilizada como um indicador do condicionamento cardiorrespiratório. Em geral, uma pessoa bem condicionada recupera-se mais rapidamente do que uma pessoa menos condicionada. No entanto, outros fatores além do nível de treinamento podem afetar o tempo de recuperação da freqüência cardíaca. Por exemplo, o exercício em ambientes quentes ou em altitudes elevadas pode prolongar a elevação da freqüência cardíaca. Algumas pessoas apresentam uma resposta mais forte do sistema nervoso simpático durante o exercício do que outras e isso também pode prolongar a elevação da freqüência cardíaca.
A curva da recuperação da freqüência cardíaca também é uma ferramenta excelente para acompanhar o progresso de um indivíduo durante um programa de treinamento. No entanto, por causa da possível influência de outros fatores, ela não deve ser utilizada para compara um indivíduo com um outro.
Débito Cardíaco: Quando em repouso ou durante o exercício submáximo com a mesma taxa de trabalho, o débito cardíaco na altera muito após o treinamento de endurance. No exercício com a mesma intensidade submáxima ou taxa metabólica (isto é, com uma taxa específica de consumo de oxigênio), o débito cardíaco pode apresentar uma leve diminuição. Isso poderia ser decorrente de uma maior extração de oxigênio pelos tecidos.
Contudo, o débito cardíaco aumenta consideravelmente nas taxas máximas de trabalho. Esse aumento é resultante principalmente do aumento do volume de ejeção máximo porque a FCmáx altera pouco, quando o faz. O débito cardíaco máximo varia de 14 a 20 l/min nas pessoas não-treinadas, de 25 a 35 l/min nas pessoas treinadas e é de 40 l/min ou mais em atletas de endurance grandes e altamente condicionados. Esses valores absolutos, entretanto, são muito influenciados pelo tamanho corporal.
Fluxo Sanguíneo: Músculos ativos necessitam de quantidades consideravelmente maiores de oxigênio e de nutrientes. Para suprir essas necessidades, uma maior quantidade de sangue deve ser levada a esses músculos durante o exercício. À medida que os músculos se tornam mais bem treinados, o sistema cardiovascular se adapta para aumentar o fluxo sangüíneo para eles. Quatro fatores são responsáveis por esse suprimento sangüíneo aos músculos que acompanha o treinamento: Aumento da capilarização dos músculos treinados; maior abertura dos capilares existentes nos músculos treinados; redistribuição sangüínea mais efetiva; aumento do volume sangüíneo.
Pressão Arterial: Durante os exercícios de endurance observa-se aumento da pressão arterial sistólica e manutenção ou redução da diastólica. Após o treinamento de endurance, a pressão arterial altera muito pouco durante o exercício submáximo padronizado ou nas taxas máximas de trabalho. No entanto, a pressão arterial de repouso geralmente diminui nas pessoas que se encontram no limite da hipertensão antes do treinamento. Essa redução ocorre tanto na pressão sistólica quanto diastólica. Os mecanismos responsáveis por essa redução são desconhecidos.
Além disso, quanto maior a massa muscular exercitada de forma dinâmica, maior é o aumento da freqüência cardíaca, mas menor é o aumento da pressão arterial.
Volume Sangüíneo: O treinamento de endurance faz aumentar o volume sangüíneo. Esse efeito é maior com o treinamento intenso. O volume sangüíneo aumentado é resultante principalmente de um aumento do volume plasmático sangüíneo, o qual, acredita-se, seja causado por dois mecanismos. Primeiro, o exercício aumenta a liberação do hormônio antidiurético e da aldosterona. Segundo, o exercício aumenta a quantidade de proteínas plasmáticas, especialmente da albumina. Sendo que as proteínas plasmáticas são a principal base da pressão osmótica do sangue.
Eritrócitos (hemácias): O número real de eritrócitos aumenta devido o treinamento de endurance, mas, se for comparada a relação entre o volume sangüíneo e o volume de eritrócitos, este último diminui. Alguns atletas de endurance altamente treinados, particularmente as atletas, tendem a apresentar valores do hematócrito e da hemoglobina similares aos dos indivíduos não-treinados.
Essa alteração da relação entre plasma e células resultante de um aumento da porção líquida reduz a viscosidade sangüínea. Por sua vez, essa pode facilitar o movimento do sangue através dos vasos sangüíneos, particularmente os capilares. Pesquisas demonstram que a menor viscosidade sangüínea aumenta a liberação de oxigênio à massa muscular ativa.
Volume Plasmático, Volume de Ejeção e VO2máx: Um aumento do volume plasmático é uma das alterações mais importantes que ocorrem com o treinamento de endurance. À medida que o volume plasmático aumenta, o volume sangüíneo também aumenta. Com isso, uma maior quantidade de sangue chega ao coração. Nas taxas máximas de trabalho, a FCmáx em geral permanece relativamente estável e, portanto, um aumento do volume de ejeção permite que o débito cardíaco máximo aumente. O aumento do débito cardíaco máximo torna disponível uma maior quantidade de oxigênio para os músculos ativos e, conseqüentemente, permite que o VO2máx aumente.
Vários relatos na literatura médica também mostram que o exercício físico aeróbio praticado regularmente eleva os níveis plasmáticos de HDL-c. Durante o processo de condicionamento físico também se observa a diminuição significativa nos níveis séricos de triglicerídeos. Há relatos também de leve, porém significativa redução nos níveis de colesterol plasmático.

RERERÊNCIAS:
 
AZEVEDO, LUCIENE FERREIRA ET AL. Características cardíacas e metabólicas de corredores de longa distância do ambulatório de cardiologia do esporte e exercício, de um hospital terciário. Arq. Bras. Cardiol. , São Paulo, v. 88, n. 1, 2007.
BERMUDES, AMBROSINA MARIA LIGNANI DE MIRANDA ET AL. Monitorização ambulatorial da pressão arterial em indivíduos normotensos submetidos a duas sessões únicas de exercícios: resistido e aeróbio. Arq. Bras. Cardiol. , São Paulo, v. 82, n. 1, 2004.
BESTETTI, REINALDO BULGARELLI; SANTOS, JOSÉ ERNESTO DOS. Influência do exercício físico aeróbico na prevenção da doença coronariana. Rev. Saúde Pública , São Paulo, v. 18, n. 4, 1984.
BRUM, PATRICIA CHAKUR ET AL. Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular. Rev. Paul. Educ. Fís., São Paulo, v. 18, 2004.
COSTILL, DAVID L.; WILMORE, JACK H. Fisiologia do esporte e do exercício.
2º ed. São Paulo: Manole, 2002.
OLIVEIRA, EDILAMAR M.; KRIEGER, JOSÉ EDUARDO. Hipertrofia cardíaca e treinamento físico, aspectos moleculares. Rev Hipertensão, Rio de Janeiro, v. 5, n. 2, 2002.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O Carboidrato não é o Vilão da história!


Muitas pessoas dizem: "Eu amo pão, bolo, macarrão e arroz, como que eu faço?!" Outra pergunta frequente: "Se eu tirar o arroz do almoço emagreço mais rápido?"
 
A resposta é simples: tudo vai depender da quantidade, qualidade e o horário em que você ingere este carboidrato! Mas uma coisa já posso adiantar, tirar o arroz do almoço não é a melhor solução! Até mesmo porque, o arroz e o feijão são o casal perfeito da nutrição, ricos em vitaminas, minerais e juntos completam os aminoácidos essenciais ao organismo.
Os carboidratos geralmente são vistos como vilões da dieta, mas o que o torna vilão é o excesso na quantidade em que algumas pessoas consomem. Outros dois pontos que influenciam bastante são, o tipo de carboidrato (integral ou refinado, o "normal") e o horário em que estão sendo ingeridos. A quantidade deve ser controlada baseando-se no objetivo em que você busca. Ganho de massa muscular, perca de peso, definição, qual é o seu?

Os alimentos integrais não passaram pelo processo de beneficiamento ou refinamento, e dessa forma, ainda possuem as películas que envolvem os grãos. Essas películas são ricas em nutrientes como fibras,vitaminas e minerais. Por isso, alimentos como arroz, macarrão, biscoito e pão integral são considerados boas fontes de fibras alimentares, além de possuírem maiores quantidades de vitaminas B, B2, B5, B6 e de minerais como o fósforo e ferro. Aumentando o teor de fibras ingeridas você terá um maior aproveitamento dos nutrientes e uma melhor eficiência na redução de peso, já que a fibra alimentar dá a sensação de saciedade, reduzindo a fome e melhorando os resultados.

Estes nutrientes são responsáveis por fornecer energia e a sua falta faz com que o organismo use a massa magra como fonte de energia, ocasionando a perca de massa muscular.


 Os horários e as quantidades que devem ser ingeridos:


Café da manhã

A melhor opção é o pão integral, mas uma vez na semana pode comer o pão francês com fibras, só pra matar a vontade.

Almoço 

 Lembra que falei que o arroz e o feijão são o casal perfeito??? Então, eles são essenciais no almoço, mas a preferência é o arroz integral se ainda não se adaptou ao sabor, que tal prepará-lo com legumes, como arroz com cenoura ou com brócolis, à grega? Se você não come o arroz integral vamos começar aos poucos introduzí-lo em sua alimentação, coma 2 dias o branco e 1 dia o integral e quando for se adaptando tiramos o branco da sua alimentação, podendo colocá-lo apenas no final de semana, só pra matar a saudade, e quando menos perceber você vai querer só o integral.



Exercício Físico 

O horário que jamais podemos ficar sem carboidrato, pois são eles que proporcionarão energia para uma boa performance durante o treino e evitarão a fraqueza e a fome.

Noite

Primeiramente é importante jantar mais cedo às 19:00h, pois no período da noite seu metabolismo diminui queimando menos gordura, por isso neste horário faça mais controle na quantidade do carboidrato. (Lembrando que essa quantidade sempre dependerá do seu objetivo). Se treinar a noite seu jantar ficará para depois do treino independente do horário pois será uma ótima refeição pós treino.
À noite o ideal é  fazer refeições mais leves. Você pode até comer macarrão integral, arroz integral, batata doce, pão integral , porém associe com bastante verduras, legumes ou frutas.




 Bons carboidratos!!
1. Comece o dia com pães, torradas integrais e cereais integrais: Tente a aveia, granola, linhaça, chia, quinoa, farinha de coco. Sempre acompanhado de proteina, a proteina no café da manhã ajuda a controlar a vontade de carboidrato à noite. 
2. Para os lanches o carboidrato mais indicado são os cereais integrais citados a cima por serem ricos em fibras o que proporciona a saciedade.
3. Priorize arroz, macarrão, ou batata doce integral no seu almoço e jantar. (lembrando que, jantar é cedo).
4. Consuma feijão – são uma excelente fonte de carboidratos de digestão lenta, bem como uma excelente fonte de proteína.